domingo, 28 de junho de 2009

CARNE TREMULA




Carne tremula


corpos suados

como o voo nupcial da libélula

Coração bate acelerado,descompassado


O céu enluarado

serve de teto

Para os apaixonados

Selvagem o amor no ato

em que o vento vira um quarto

Fazemos amor

A suave neblina um cobertor

a noite bela tem cantor

A cigarra que canta sobre a grama,verde pasto


Carne tremula

O movimento frenético dos corpos

Ardente beijo

aumentando o desejo

Contorcionista tortos

Saciam sua fome como quem anseia o ultimo fôlego de vida

Como se fosse uma despedida

Se amam freneticamente

Dois que se tornam um

Pela paixão embriagados como o rum

Cama-Sutra

HormÔnios a flor da pele

suave cheiro leve

Um enigma a cada curva

do prazer que se desfruta

ao provar do amor a fruta


Testosterona e mela nina

a mulher que saiu da menina

Cheia de charme e sedução

Tornou-se grossas as coxas finas

que agora descobrem as minhas mãos

Sacio a minha fome em teus seios

mato minha cede em teus lábios

Assim que a chamei veio

teus olhos brilhavam como raios


Enrolados como caracol

nos amaremos até que saia o sol

esperando o instante sôfrego momento

em que abrimos os olhos

nos amamos intensamente como se fosse a primeira e ultima vez

Com nossa carne tremula..

quinta-feira, 25 de junho de 2009

De onde virá meu socorro



Os céus não ouviram meu clamor

o meu redentor me deu as costas

Estou desesperado e com pavor

pois o céu para mim fechou as portas



Apenas solidão

minha unica companhia

Quando estou só é ela quem me abraça

me acalenta e acaricia



O quarto fechado e escuro

agora se tornou meu mundo

Entre eu e o céu foi criado um muro

sinto que estou caindo num abismo profundo

e não há ninguém que me deu a mão

e me puxe

Apenas a solidão



O meu redentor me virou as costas

nas tardes frias,jogou-me em teus braços óh tristeza

Pois ouço vozes em minha cabeça

eles querem me fazer propostas

Até quando viverei assim

Não impessa a morte de me buscar

ao menos coloque em minha dor um fim



Toda manhã o sol desperta

para satirisar e rir da minha desgraça

Me escondo no meu quarto e a solidão me aperta

me inoja a alegria repudiante que vejo nas praças



Dezembro vermelho

mes amaldiçoado que do calendario tiraria

Quando olho no espelho

vejo que os anos roubaram minha alegria



Fique apenas

eu e minha unica companhia

A solidão que me devora

sinto grande agonia



Os céus não ouviram meu clamor

O meu redentor me deu as costas

Estou desesperado e com dor

pois os céus pra mim fechou as portas

terça-feira, 23 de junho de 2009

FESTA FUNEBRE




Meus tempos de criança
os meus sonhos de infância
que jamais iriam morrer
As brincadeiras de roda e cantiga
os afagos e caricias
A amizade sem malícia
que eu nunca iria esquecer

Hoje faz vinte e cinco anos
que meus sonhos enterraram
Envelheceram e se rasgaram como os panos
as roupinhas e o chiqueirinho de dormir
com o tempo se dissiparam

Adeus sonho encantado
adeus quimera querida
Não teve sepultamento
nem missa de sétimo dia
não ganhou memorial
tão pouco festa de despedida

Acabou...
Aniversario de falecimento
o meu mundo desabou
Lembro-me bem do seu enterro
Só eu chorava
só eu te via
Ninguém ligava
ninguém sentia
E até hoje ninguém sente

Sofro sozinho a sua falta
todos estão ausentes
eu sei que não tem mais volta

Sinto saudades sonho encantado
sinto sua falta quimera querida
Mas está tudo acabado
trago na alma esta ferida

O dia do seu nascimento eu me lembro bem
e da sua morte lembro mais ainda...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O NADA





Não tive retórica.


Sem muita ambição


a infâmia histórica


me deixou sem opção


ventos vastos


em terrenos áridos


secou o pasto


a dor de parto


sensação de enfarto


Preso num quarto


de todos me afasto


de medo e enfado


Frio mórbido na espinha


vasiu e agonia


Como se fosse o fim da linha


solidão minha companhia.


Parado...


como quem espera nada


paralisado


Como quem fita a espada


Construi um castelo e derrubaram


Desligaram meu único elo...


Me derrotaram


meu teto


a brisa e o vento


Afeto...


eu não me lembro


sinto falta


de um argumento


o som da flauta


um instrumento


que traga calma e um sentimento


pra completar a alma e cale o lamento


Solidão..


só quem sente sabe


antes de Eva era Adão


dói como o corte de um sabre


Parado como quem observa nada


a criança que não crê mais em contos de fada


Sonhos que se tornam poeira


e percebe que tudo é uma besteira


Que não crê em amor,somente a dor,o dissabor,não tem calor...


Apenas o fim como quem espera o nada


é sempre assim que a vida se acaba.


O tempo passa.


A flor que murcha.


Tudo se acaba


não há quem fuja.


Assim estou...


Paralisado


Como quem espera nada.

domingo, 14 de junho de 2009

IN MEMORIAM

A mais bela lembrança

que guardo em meu peito

minha doce criança

não esqueço o seu jeito

É como se a muito tempo te conhecesse

Me acalma o suave vento

mesmo que te esquecesse

não mudaria o que sinto por dentro



Era de anjo a sua face

seus olhos mostravam o amor

fui pego no seu enlace

Quando partiu deixou a dor

Memórias doces me invadem

fez uma de nossas histórias

lembrou-me sua retórica

Pequena princesa

Uma linda mulher agora seria

Dizem que no fim do túnel sempre há uma luz acesa

mas não imaginava que esse mundo nos separaria



Sinto a dor dos pais de todo o mundo

que perderam a paz e sofrem la no fundo

A dor de alguém querido que se vai

No jardim em que brincava

as brincadeiras de rodas e cantigas

tua presença me acalmava

minha pequena e leal amiga

É difícil definir o vazio e a falta que me faz

Com sua imaginação me fazia sorrir

teu álbum boas recordações me traz

A noite cobrir e contar historias pra dormir

afagar teus cabelos e um beijo singelo

Pra você jamais iria mentir

te jurei eterno amor e afecto



Mas nunca acreditei em historia feliz que dure para sempre

Superar a sua falta já tentei.Foi tudo de repente

aos poucos que me vem em mente

tudo ainda tão recente,presente

Por isso não esqueci



Tarde fria,chovia

Junto a sua febre o meu desespero

nunca iria te deixar sozinha

As belas flores do canteiro

murcharam naquele dia

nosso jardim nunca mais foi o mesmo

Crise de convulsões

só Deus sabe que eu sentia

você era tudo que sobrou da união de dois corações

Agora hipotermia

minha pequena sempre calorosa e quente

Naquele hora estava fria

Minha pequena flor.

se naquele dia houvesse os mesmos recursos,não carregaria comigo hoje essa dor

Teria mudado seu percurso.Mais o curso desta vida

me separou do seu amor

Nunca mais entrei no jardim

as flores murcharam e o rio secou

Uma linda historia e um triste fim

Nada sobrou daquele amor

nada sobrou

Apenas quadros pendurados

e uma recordação a guardar na mente

Suas mãos frias e dedos entrelaçados

sobe as minhas quentes

Conto os dias e as horas para estar ao seu lado

esperando que um dia Estio meus dias nublados

e enterre a dor desse passado

Apenas recordações de uma historia

IN MEMORIAM

sábado, 13 de junho de 2009

MAMÃE!!!!





Mamãe!!!
Queria entender o porque
não queria estragar a sua vida
e muito menos te fazer sofrer
Talvez tivesse razão
Porque perderia a sua vida apenas por uma aventura e emoção
Que depois causaria briga,intriga
melhor foi esconder a barriga
durante toda a sofrida gestação

Não compreendo mamãe porque não me tinha no coração
Prefiro acreditar que foi pela sensibilidade e depressão
Sabe mamãe...
é horrível sensação de tentar respirar
e a cada tentativa ter a terra entrando na boca e narina
faltando-me ar
meu coraçãozinho não podia o sangue bombear
estava fraco meu pulmão
cheio de terra minhas pequenas mãos
e minha face a roxear

Esperava mamãe uma mão delicada que me cobriria
e não um cobertor de terra fria
que com pouca força me mexia,debatia
e aos poucos a terra me invadia
e tudo que eu via era imensa escuridão

Mamãe eu não pedi para nascer
mas já que estava aqui tinha vontade de crescer e de viver
Sentir o sabor do aconchego leite materno
não inocente conhecendo o inferno
enterrado num buraco perto
da casa que era para ser meu teto

eu era feto
não tinha teto
tão pouco afeto.

Não quero acreditar que foi tudo premeditado
Pois aqui na terra não terá descanso
Pela terra o choro afogado
ainda acredito que tenha o seu encanto

Eu era como o lixo hospitalar
envolvido pela placenta e o cordão a me enrolar
indefeso,pelo cordão estava preso
Queria o leite do seu seio e uma mão a me afagar

Mamãe..
Me perdoe por aparecer sem ser convidado
Tudo que eu queria era ser amado
eu não queria a sua vida estragar.

30 mar
cris mell

sexta-feira, 12 de junho de 2009

MÃOS QUE BALANÇAM O BERÇO



Mãos lindas e delicadas


carinhosa e envolvente


Parece ser de conto de fadas


gerou um filho do seu ventre





Mãos que balançam o berço


conta histórias pra dormir


Religiosa e agarrada ao terço


parece um anjo ao sorrir





Acima de qualquer suspeitam


um demónio que esconde a cauda


Tem parte com o capeta


odiava trocar fraudas





As mãos que balançam o berço


diz nunca ter cido levada a sério


Isso me deixa tenso


criar no fundo decasa um cemitério





As mãos que balaçam o berço


foi a mesma que enterrou


mãos delicadas e agarradas ao terço


a maldita assassinou





Marcas de agressão


queimaduras de cigarro e pontas de faca


Após parto depressão


seus argumentos uma piada





As mãos que balançam o berço


que afoga e tira a vida


Muitos te chamam mãe


eu a chamo assassina


MAULIEL

quinta-feira, 11 de junho de 2009

DOCE VERMELHO

Doce vermelho
que invadi
Já não sou o mesmo quando olho no espelho
na luz meus olhos ardem
O sangue que vira poesia
que me inspira
Que mata a minha cede
e cura a minha azia
Que corre em suas veias
ao mesmo tempo que escorre em meus lábios
te aprisiono como a aranha faz com as teias
como brinca o gato com a presa
te observo como um sábio
o louco ébrio
dor e escárnio
A minha cede é ímplacavel
a minha fome não se detém
A minha carne te deseja
e minha alma te quer bem
Sinto teu cheiro
Aguçado é meu olfacto
sou rapido e traiçoeiro
poderoso é meu tato
antes brinco como o gato faz com o rato
não tenho nome
não tenho sexo
não deixo rastro
Vagueio pela eternidade
além da sua realidade
rios vermelhos
teu doce sangue me da vida
me escondo da cruz e claridade
de mimnão vence na corrida
Caminho sozinho
me escondo nas sombras
não tenho carinho
ja mas alguem me encontra
Invado teus sonhos
faço seguir o ritmo das canções que componho
vou te seduzir com um olhar
depois disso não tera mais paz
Vou seguir teus passos
nunca deixo rastro
Doce vermelho
não consigo minha cede saciar
MAULIEL

ESPELHO

Vi no espelho
a escuridão dos meus olhos
O docÊ vermelho
no branco dos olhos

Vi...
E não pude acreditei
uma tristeza senti
e sozinho chorei

Vi no espelho
e não pude acreditar
Por dentro eu era o mesmo
mas meu rosto como está?

O eterno e o mortal
lutando dentro de mim
o bem e o mal
querendo ver o meu fim

O filho do caborno e do amÔniaco
que agora ganhou alma e um espirito
Cheio de desejos e vontades
seguindo o livre-arbitrio
tendo o coração corrompido pela maldade
na carne um espinho
sofrendo sozinho

A escuridão presente no olhar
Que revela os meus medos
e um desejo de amar
Me vi no espelho e nao pude acreditar

Duas faces da mesma moeda
Uma personalidade oculta em trevas
Que com coração cheio de revolta se revela
Mostrando que a noite também é bela
Que no escuro do quarto também tem aquarela
Mostrando que o mesmo Deus que criou Adão
também formou as trevas e criou a escuridão
Agora me diz espelho!
Porque lutar contra essa fera que arranha meu coração

Tem algo preso dentro de mim!
Querendo se libertar
Quer trazer pra minha dor um fim
e ficar no meu lugar

Hoje quando olhei no espelho
não consegui acreditar
Tem um monstro dentro de mim
Querendo se libertar.
mauliel

POEMA DA NOITE

Poema da noite
sinfonia da morte
A solidão me da açoites
não acredito em sorte

Aberto os meus olhos
vejo somente o breu
Sinto me atado com ferrolhos
o meu sonho envelheceu

Recito poemas na escuridão
de medo que a luz revele o meu sofrimento
acho que vivi a vida em vão
eis o motivo do meu lamento

Poema da noite
da alegria não me lembro
Sinfonia triste
maldito mÊs de dezembro

Tristeza
lamento a dor
não tenho riqueza
não tenho amor

Somente és tu que me inspira
hó noite.Acompanhada de lagrimas e melancolia
ja levaram a minha alegria
então lancem o meu corpo numa grande pira
dai morram de ódio
se afoguem em íra

Lamento não ter tido forças
para amarrar-me a goiabeira
e fazer o meu fim numa frutífera forca

Agora devo enfrentar
mais um ano e essa vida a me matar
São tantas dores que mal consigo respirar

Poema da noite
é assim que desabafo
Sem carinho sem afago
esperando a morte me levar
MAULIEL

INFERNO

Oque fiz Senhor?
Me fala Deus eterno
Qual é o propósito desse mundo de dor
Será que sou como os anjos caidos merecedor desse inferno?

Não vejo o fogo
Mas algo queima em meu peito
em dores fortes me afogo
onde esta o meu direito
onde esta o livre-arbítrio
sinceramente desconheço

Não queria estar aqui
a mim não perguntaram
da minha angustia meu inimigo ri
de mãos e pés atados neste mundo me jogaram

Inferno
Esse mundo é o inferno
que não foi eu quem criei
Ainda louvo Deus por não ser eterno
pois talvez brve desse mundo sairei
MAULIEL

SANTA MARIA AMARGURADA

Amargurada
as vezes tem insonia
e fuma na madrugada

Maria das dores
teve quatro amores
e decepções

Santa Maria
com devoção te amaria
nunca fui bom devoto
nunca fiz romaria
nem salve rainha te dei...

Santa!
Um dia foi virgem
diabetes e vertigens
com dor deu a luz

Nunca pegou um terço
mas sempre estava a beira do berço
Querendo me fazer dormir
dormir para sempre
para poder sorrir

Maria santa
sua vóz me encanta
sempre que canta
fazendo-me dormir

Santa maria amargurada
mãe de deus
não pode ser santa se fuma na madrugada
e eu não sou Deus.
MAULIEL

quarta-feira, 10 de junho de 2009

ABSTRATO

Paraiso!
Ontem a noite te vi
se perdia num sorriso
livre como o bem-ti-vi

Felicidade
ontem deitou do meu lado
me fez pensar ser verdade
o meu docÊ anjo alado

Me fez pensar
me fez sorrir
e depois chorar

Por favor!!!
Não me acordem quando eu adormecer
se é dormindo que anestesia a minha dor
se é sonhando que me escondo do pavor
Não me desperte quando o dia amanhecer

Não abram as cortinas
para que o sol não me encomode
e provoque minhas retinas

Ontém descobri
um paraiso longe da realidade
livre como um colibri
longe do mundo e sua maldade

Se essa noite eu adormecer
não me despertem quando o dia amanhecer

Embalsame meu corpo
para que aqui eu não volte mais
Embora pensem que estou morto
só ali existe paz

Deixem que o sono me liberte da agonia dos meus dias
da monótona melancolia
que nesta longa estadia
não me deixa respirar

Ali eu sou protagonista
caçador de emoção
Aqui sou apenas mais um nome na lista
esperando os remédios para depressão

Se está noite eu adormecer
não me despertem quando o dia amanhecer
Pois descobri que a felicidade só existe nos sonhos.
MAULIEL

terça-feira, 9 de junho de 2009

Rios de sangue''Vsão profética''.

Rios de sangue
soa estrindente as trombetas
mais violento do que as guerras de gangues
emergiu do mar a grande besta

Os céus e o inferno se abrem
para recolher os seus mortos e assistir ao espetaculo
Cambaleando seus soldados sobre o sangue caem
caiu o templo e o cenaculo

A sruas estão vermelhas como escarlate
as calçadas como carmesim
todos apreencivos como o cão que late
chegou o principio do fim

A grande terceira gurra se aproxima
Aqui entre si meu povo faz chacina
tensão e pavor
gritos de horror
intensa é a dor
Carnificina
Dor,choro e ranger de dentes
agora não existe inocentes

O fogo nunca apaga
o bicho nunca morre
Pestilencias e novas pragas
com chagas se consomem
de dor se contorcem

Condenados!
VocÊs estão condenados
Quem deve é cobrado
quem não creu está condenado

Fragelos de guerra
alimemtam os corvos agoreiros
esperando mais corpos sobre a terra
se alimentam dos seus guerreiros

Rios de sangue
anunciam o apocalipse
vidas errantes
A luz é interrompida por um eclipse
Ja faz trÊs dias q sumiste
o sol que iluminava a terra

A morte e o inferno esperam aflitos
o lago de fogo e enxofre que os espera

Aguas vermelhas
enche as ruas
como enxame de abelhas
Pessoas correm nuas
desesperadas
Procuram o fim da vida
deitar-se a espada
mas a morte ja nem liga
Enquanto eu fico a observar
os rios de sangue passar.
MAULIEL