sábado, 1 de maio de 2010

LAMENTAÇÃO SOBRE O REI DE TIRO''.A queda de lucifer''.



Ainda tenho uma ultima lembrança a guardar da luz

me faz relembrar a ultima canção que compus

O céu era belo

e ainda tínhamos um forte elo

De longe observávamos a terra

era diferente de hoje e não tinha guerras

o homem ainda nem habitava nela


Sinto falta do coral que eu cantava

caiu o maestro e caiu o regente

todos se lamentavam

Agora só choro e ranger de dentes


Tudo pela ambição

a estrela queria ser astro

caiu a estrela e toda constelação


Vago agora sem rumo no espaço

esperando não cair num laço

que os inimigos de tiro me armaram

Ando agora desolado


sem que não retornarei mas de onde cai

temo os soldados e o vingador alado

ando curvado para que tenham pena de mim


O maestro ainda rege muitos do coral

que tem o coração negro e mal

estão aguardando o juízo final


Eu vago sozinho

mas quase toda a constelação se agrupou na terra

como serpentes fizeram ninhos

e agora fazem suas guerras


Muitos se rebelaram contra o astro

muitos se voltaram contra estrela

todos caíram e perderam o rastro


Compus uma canção de lamento

recito poemas escondido na escuridão

Ele conhecia do meu coração o intento

caiu a terça parte da constelação


Caiu!Caiu!Caiu!

Sei que não tornarei a ser luz

Por isso mostrei agora a canção que compus


Passeio na terra

Me escondo nas sombras

Sigo minha eternidade assim

esperando que no juízo

o Astro tenha pena de mim..

CARTA DE UM SUICIDA



Perdoem-me por favor

não pela escolha que fiz

Mas pelas palavras erradas, a letras borradas

leiam com amor...


Quando em vossas mãos essa carta chegar

será um sinal que já estou muito longe

e por esse caminho não posso voltar


Antes pensei de varias maneiras

como faria isso

Pensei na corda e na goiabeira

mas depois achei ridículo


Eu queria que percebessem e sentissem toda minha dor e sofrimento

que fosse uma cena forte

Para enlouquece los e não cair no esquecimentos

nunca planejei algo tão certo em minha vida,

como planejei a minha morte


Confesso que quase desisti

ao sentir as laminas abrindo meus pulsos

Mas a dor resisti

talvez eu tenha agido por impulso


Esse sorriso que agora vêem em meu rosto ensanguentado

é em saber a cara de espanto que fariam

Ao se depararem com meus pulsos dilacerados

e as coisas que diriam


Guardem para sempre esta trágica lembrança meus queridos

daquele que já foi sua criança,mas que aos poucos foi esquecido

Lembrem-se sempre...

como se fosse aquele filme de terror que não sai das suas mentes

Meu espetáculo de horror

para vê-los doentes


Pena ter que partir

para ver tudo isso

apeguem-se aos anti-depressivos

adeus e economizem as lágrimas


Fico pensando

quem limpara o sangue do quarto

Tem que ser alguém de estômago forte

porque profundo foram os cortes


Adeus!

e guardem-me na lembrança

Patética de vossas memórias

Pois está é a minha vingança

que ficara guardada para sempre em vossas histórias

VIDAS SECAS


O silencio
Que só é quebrado e interrompido
pelo som sombrio das flores secas
caindo pétalas e folhas que observa estes olhos corrompidos

Enquanto seco a tinta da ultima caneta
O inverno parece eterno
Aqui dentro o frio é sempre intenso
vivendo uma fusão de outono inverno
Isso me deixa tenso

Vidas secas
O vento sopra sem destino as folhas mortas
ainda que a ultima chama de esperança não se perca
Folhas secas só servem para adubar as hortas

Suas vidas se resumem em poucas palavras dramáticas
Monotonia e agonia
Sem sentido como a matemática
triste sinfonia

O sol já não aquece
em meio do efeito estufa
Por dentro um frio artico que me entristece
sem saber de quem é a culpa

Vidas secas
não sente alegria
só a trágica sinfonia
da esperança que se seca