segunda-feira, 26 de abril de 2010

Milagre monstruoso


Sob o pesar do tempo impiedoso
um olhar desconcertante
de um presente assombroso

Do qual as virgens conceberão
em meio sorrisos dolorosos
a consequencia do pecado
é um milagre monstruoso

Ver germinar a semente do desejo
tal momento prazeroso
da sedução e do cortejo
no olhar malicioso

Do qual gerou inconsciente
da placenta que o abraçou
Traz ao mundo um inocente
que o pecado milagrou

Desce pecado quero sempre
entrevessido de luxuria
de gerar nesse teu ventre
sem ouvir a tal injuria

Aquecer tua pele fria
com o pecado que condeno
traz minha amarga alegria
este pecado não é do demo

Que pecado tão gostoso
deste pecado quero sempre
um milagre monstruoso
ei de germinar nesse teu ventre...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Despedia




Adeus!!!
Mas não chore meu amor
pare que esse momento não se torne mais penoso
Já sinto anestesiando minha dor
e isso tudo é muito doloroso

Vire para mim as sua costas
para que assim não me veja partir
e enxugue estas lágrimas que em teu rosto rola
O teu caminho em paz pode seguir
não quero que pare por minha causa
na sua vida tente prosseguir

Estou indo embora
Todo o meu esforço é em vão
infelizmente chegou a hora
Por dentro esta estraçalhado o meu coração
e mesmo assim tenho que ir


Mas por favor!!!

Me abrace pela ultima vez

com o mesmo fervor

da nossa primeira noite

Quero levar comigo a lembrança do nosso amor

do seu beijo o sabor

do seu corpo o calor

e quem sabe assim talvez

alivia o dissabor


Agora vá embora!

quando sair feixe a porta

já mal consigo respirar

Prefiro partir sozinho

na sua presença não vou chorar

novamente vou tentar ser forte

mesmo na hora da morte

e se de saudades não aguentar


Saia em silencio

sem para ninguém contar

e eu estarei te esperando

naquele nosso lugar...

Ali esta guardado nossas lembranças

o nosso refugio para nos amar

nosso lugar secreto onde íamos para namorar

Não deixe morrer a esperança

pois um dia vamos nos encontrar


O nosso amor eterno

não vai parar aqui

tente superar esse frio e vazio interno

Pois no paraíso o nosso amor não terá fim




domingo, 11 de abril de 2010

QUEM EU SOU...




Quem sou?

Sou o filho da dor

tristeza profunda é o meu sobrenome

Quando penso estar feliz vem o dissabor

sinto um vazio pior que a fome


Fui gerado pela decepção

a solidão é minha única companhia

em troca de amor recebo a ingratidão

Agonia,agonia,agonia...


Agoniza agora os meus sonhos

junto aos versos e canções que escrevi

São de dor as canções que componho

queria aprender a sorrir


Ingratidão

A solidão é a minha companhia

antes de Eva era só Adão

Agonia,agonia,agonia...


Quem sou?

O resultado de um pecado

e um ''milagre'' chamado vida...

Sou o fruto do acaso

do mau humor,da sua ira


Sou a depressão

assistindo na sala sozinho

com o pensamento distante

o olhar parado na estante

sem ação

abandonado e sem carinho


Sou o aborto que não deu certo

sou o reflexo do nada no espelho

meu destino é incerto

de chorar meus olhos estão vermelhos


Quem sou?

sou o resultado de um sistema fracassado

sou o projeto de Deus que não deu certo

sou o vicio do pecado

dos céus nem chego perto...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

AMBIGUIDADE


Todos temos dois lados.
Sem precisar deixar de ser.
Gestos tenebrosos de dois significados
Um pouco difícil de compreender.

O duplo sentindo da vida .
Para quem ama e é correspondido.
Quer acordar toda manhã e seguir feliz na sua lida.

Outros querem que tudo acabe logo.
Sem tempo de despedida.
Para matar a ferida.
Que o tempo não cicatriza.

A vida e sua ambiguidade.
Seu cinismo.
A morte e suas verdades.
Cheia de egoísmo.

Seu duplo sentido.
Me deixa confuso.
Constantemente perdido.
Mundo obscuro.

Ambiguidade da vida.
Duplo sentido.
Dois significados.
Nem tudo esta perdido.
Nem tudo esta acabado.

Falsas verdades .
São verdadeiras mentiras.
Mentiras e verdades.
São sempre parecidas.

O bem e o mal.
Que sempre se confundem.
O começo e o final.
Parecem que se fundem.

Ambiguidade da vida.
Qual caminho a escolher.
Minha infância querida.
Que eu quero esquecer.

MAULIEL