domingo, 8 de janeiro de 2012

ESPERANÇAS VELADAS

Mais uma longa noite
Solitário a te velar
Mais uma longa noite
apenas a observar

Como pode tudo ter acabado assim
o formol já não esconde o mal cheiro
Em tão pouco tempo,começo,meio e fim

Não encontro uma mão a me afagar
nem um ombro confortador
Somente a solidão a me abraçar
e é indescritível  a minha dor

Esperanças veladas
mortas e apodrecidas
É sempre a solidão quem me conforta
me acalenta e acaricia

O pesar está no ar
e o mau cheiro se espalhou  por toda a casa
A tristeza sem piedade quer me sufocar
me tranco em meu quarto,e a solidão vem me abraçar

Os remédios já não controlam a ansiedade
Queria poder morrer contigo
Já se foi a felicidade
e não tenho nenhum amigo

Esperanças veladas
meus sonhos destruídos
Fico a observar minha própria desgraça
e meu castelo está  caindo

Caiu e não consigo levantar
minha esperança já morreu
e logo com ela quero estar