sábado, 1 de maio de 2010

VIDAS SECAS


O silencio
Que só é quebrado e interrompido
pelo som sombrio das flores secas
caindo pétalas e folhas que observa estes olhos corrompidos

Enquanto seco a tinta da ultima caneta
O inverno parece eterno
Aqui dentro o frio é sempre intenso
vivendo uma fusão de outono inverno
Isso me deixa tenso

Vidas secas
O vento sopra sem destino as folhas mortas
ainda que a ultima chama de esperança não se perca
Folhas secas só servem para adubar as hortas

Suas vidas se resumem em poucas palavras dramáticas
Monotonia e agonia
Sem sentido como a matemática
triste sinfonia

O sol já não aquece
em meio do efeito estufa
Por dentro um frio artico que me entristece
sem saber de quem é a culpa

Vidas secas
não sente alegria
só a trágica sinfonia
da esperança que se seca

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